terça-feira, 23 de agosto de 2022

Crimes do Futuro (2022)

Olá, caro leitor. Seja bem-vindo novamente. Hoje eu vim pra difamar um filme que muitos elogiam mas que pra mim é provavelmente um dos piores filmes de 2022 até então. Havia mais de 3 anos que eu não ia numa sala de cinema e imaginei que assistir um filme sobre mutações e transformações seria uma boa pedida para essa velha fã de sci-fi. Ao chegar na sala e me deparar com o nome de David Cronenberg confesso que me gerou uma expectativa. Como sempre, eu não pesquiso muito sobre os filmes que eu vou assistir então acabo que me deparando com algumas surpresas no decorrer das jornadas cinematográficas ao qual eu me insiro. Já aviso de antemão que esse texto é recheado de SPOILERS.

O filme se passa em um futuro que as pessoas não sentem mais dor, não existem infecções e que há pessoas que desenvolvem alguns orgãos, conhecidos ou não, o que muitos acreditam ser a evolução do ser humano. Nesse contexto distópico, o filme conta a história de Saul Tensen e Caprice, que performam a esquisitice máxima da retirada dos orgãos gerados por Tensen, que aliás, os tatua antes de retirá-los em uma máquina de autópsia operada por Caprice. Então, é isso que temos. Um esquisitão que sempre usa uma roupa preta como se fosse um ninja e uma artista da retirada de órgãos. Eu particularmente, apesar de gostar muito de ver em filmes entranhas sendo arrancadas, e etc, o conteúdo gráfico desse filme me causou um certo arrepio e confesso que desviei o olhar algumas vezes da grande tela. E eu diria aqui que esse é o ponto alto do filme, todo o horror corpóreo escancarado na tela é de causar algum desconforto. Vale dizer aqui que nesse filme eles dizem que a cirurgia é o novo sexo onde a dor dá espaço ao prazer.

De resto, é bem complicado. O filme começa com uma criança que é capaz de digerir plástico e que é assassinado por sua mãe. Aqui eu achava que o filme seria sensacional mas ele realmente não me pegou. Depois de alguns órgãos tatuados serem retirados do corpo de Tensen e da tentativa de uma organização não oficial de categorizá-los, o filme fica completamente entediante. Primeiro que você não consegue se apegar a nenhum dos personagens o que não permita que você se interesse muito sobre as suas performances de retiradas de orgãos. As informações sobre a sociedade em que eles vivem também não é muito bem explorados. Todo mundo sofre mutações? Apenas alguns? O envolvimento de um "policial" também é muito fraco, você nem acredita que ele seja um policial no decorrer de seu desenvolvimento. Lembra do nosso garoto que come plástico? O pai dele decide doar o corpo dele para Tensen e Caprice fazerem uma autópsia pois, cientistas se segurem, ele nasceu comendo plástico depois que seu pai fez uma cirurgia que o possibilitasse a comer plástico. Ou seja, se por acaso o pai perdesse o mindinho, a criança também nasceria sem o mindinho.

Por fim, após muita encheção de linguiça que faz com que você queira levantar e sair da sala de cinema, eles decidem por fazer a autópsia na criança. Quando eles vão fazer a performance, após abrir a criança, eles percebem que os orgãos dela foram retirados e substituídos pelos orgãos tatuados de Tensen. O pai da criança entra em desespero e logo é assassinado por duas fãs do trabalho de Caprice, sem que você entenda muito bem o porquê. Acho que esse é o resumo do filme, coisas acontecendo sem que você entenda muito bem os motivos sendo levado pela curiosidade de saber até onde esse filme pode ir.

Talvez minha mente foi pequena para um filme grandioso demais, já que vi muitos críticos de cinema dando 5 estrelas pra esse filme. Mas gosto de pensar, talvez até pelo ego, que é só um filme frustrante e bagunçado com uma direção e um elenco de peso e que em breve eu esqueça dessa experiência, o que acho bem difícil já que agora ela está eternizada aqui nesse blog.

sábado, 21 de maio de 2022

Spree (2020) e um breve comentário sobre Taxi Teerã (2015)

Olá, caro leitor. Fico feliz em ver você novamente. Eu estava navegando pelos serviços de streaming que minha família assina, já que me tornei uma pirata preguiçosa e me deparei com Spree, disponível na HBO Max. Spree conta a história de Kurt que sempre quis se tornar um grande influenciador mas que seus vídeos nunca chegavam a dois dígitos de visualizações. Assim, ele decide colocar várias câmeras no seu carro e gravar o seu dia a dia como motorista de aplicativo, porém ele decide assassinar seus passageiros de diferentes maneiras enquanto transmite tudo online em busca de sua gloriosa fama. 

Particularmente, não sou grande fã de live footage, mas como estava entediada, depositei alguma fé nesse filme, e bem... Vamos lá. No começo, ele começa a matar de maneiras mais pacíficas como envenenar a água, atropelamento e tals, até ficar bem mais violento, tudo por alguns números de visualizações. Mas o ponto importante aqui é a crítica à onda de influenciadores de internet, a validação social online e a produção de conteúdo vazio. No começo do filme, o passado de Kurt é apresentado por meio de seus vídeos antigos em que ele conversa com a câmera e mostra sua rotina dando pistas que ele é um psicopata, já que ele não reage a algumas situações de maneiras comuns, mas isso é bem sutil e você pode considerá-lo até um cara legal e afável no começo do filme, até tudo tomar uma proporção gigante envolvendo a polícia, uma sub-celebridade de internet e sua família.

Enfim, é um filme que quem gosta de found footage pode curtir pra caramba, e o Joe Keery simplesmente detona na atuação. Eu particularmente, esperava um pouco mais além do que uma crítica a internet atual mas é um filme digno de ser assistido. Acho de algum valor citar que recentemente no Grupo Traças do Cerrado, que é um clube do livro/do filme, heheh, que recentemente vimos um found footage parecido em sua realização, como uma câmera dentro de um carro, que nesse caso é um taxi e que também traz consigo uma crítica forte sobre o cinema, política e a sociedade irãniana. O nome desse documentário é Taxi Teerã (2015) e pode interessar alguns leitores desse pequeno canal de opiniões. 


sexta-feira, 13 de maio de 2022

Sleepwalkers (1992) - Aqui gatinho, gatinho pss pss

Olá, caro leitor. Bom falar com você novamente. Aproveitando que hoje é sexta-feira 13 para falar de um filmezinho de terror, não é mesmo? Apesar de ser uma grande fã dos filmes da franquia de Sexta-Feira 13, a ponto de ter uma tattoo do nosso querido Jason Voorhees, não iremos falar sobre essa franquia hoje. Apesar de antigamente ser considerado azar encontrar um gato preto numa sexta-feira 13, e digo antigamente por ter fé que ninguém mais hoje em dia acredite numa besteira como essa, encontrar um gato preto (e qualquer outro gatinho) perto da criatura que iremos discutir hoje seria uma grande sorte! 
 
Sleepwalkers (1992) é um longa roteirizado pelo Stephen King e conta a história de duas criaturas vampirescas, ultimas de suas espécies, que se mudam para uma nova cidade. Eles se alimentam da força vital de jovens virgens e sempre se mudam para evitar suspeitas. A mãe e o filho, tentam então sobreviver sendo vigiados constantemente pelos seus arqui-inimigos, os gatos! Que aliás, aparentam ter a mesma origem, já que essas criaturas apesar de conseguirem manter uma forma humana, também se transformam em felinos humanoides sugadores de energia. Assim, o filho por ser mais jovem e atraente, seduz garotas virgens da cidade para alimentar sua mãe em um ato libidinoso de incesto. 

Apesar de ser um filme esquisitão e que não era tão fácil de achar (agora disponível no YouTube por 6 mangos), esse filme é incrivelmente bom. Seus efeitos práticos são asquerosos como devem ser, e o roteiro entrega uma história característica do Stephen King e seu universo do terror, fechada e acabada como tem que ser. Não é o melhor filme de monstros que você vai ver, mas provavelmente vai ser o melhor de monstros felinoides, hahah. E a melhor parte, com certeza, é quando os gatinhos da cidade entram em ação para combater o mal causado por essas criaturas, como é bom ver aquelas fofurinhas acabando com esses dois. Sempre bom ter um gatinho para proteger a gente, não é mesmo? Brincadeiras a parte, acho que é um bom filme para os fãs do S. King e que não é tão famosa quanto suas outras adaptações mas que com certeza tem seu mérito. E quiçá, sua melhor adaptação original.



segunda-feira, 2 de maio de 2022

Leprechaun 4, no espaço!


Olá caro leitor. Serei breve, esse talvez seja um dos piores filmes que já vi na minha vida, e olha que assisti Jason Vai Para o Inferno (1993). Na minha saga de assistir todos os filmes do Leprechaun, eu achei que já tinha visto o pior deles (o 2), mas devo dizer que o pior ainda estava por vir. Acho que é impossível não criar expectativas nessas franquias trash porque, por exemplo, em Sharknado quando eles vão para o espaço é sensacional, e Sharknado sempre será minha régua da perfeição. E pior, se eu demorei a assistir o filme (cerca de 3 dias) por mais tempo ainda enrolei pra vir aqui descascar esse filme horrendo (cerca de 20 dias). A única parte interessante acontece nos primeiros 10 minutos de filme em que o Leprechaun utiliza um sabre de luz ao invés de seu clássico cajado (que pra mim é um cachimbão enorme). O resto do filme é uma grande encheção de linguiça futurística de meia tigela com um monte de personagem sem sal e sem desenvolvimento nenhum. Vou citar aqui, em honra ao mérito, o único momento que me tirou uma risada genuína porque eu realmente não acreditava no que estava vendo. O safado do duende por meio de magia se infiltrou dentro do PAU de um soldado espacial e no momento que esse fuzileiro vai comer a loira gostosa que ridiculamente não pode faltar nesses filmes, ele SAI DE DENTRO DA URETRA DO CARA. E sim, se isso foi uma das partes mais destacadas, você pode imaginar o lixo que é o resto do filme. Essa foi a gota d'agua para eu parar de assistir os filmes desse safadinho? Talvez por um tempo. Acho que preciso de umas férias desse duende sádico pra recuperar as forças que esse filme horrível me tirou. HAHAH!



terça-feira, 26 de abril de 2022

X (2022) - Luz, câmera, idosos e ação!

 "We're gonna be rich! Feel how hard my cock is!"

Olá, caro leitor. Já lhe adianto, esse texto contém spoilers! Hoje vim falar sobre o filme X (2022) dirigido pelo Ti West, que aliás, dirigiu um dos meus westerns favoritos (In a Valley of Violence, 2016). Antes disso, queria conversar um pouco sobre elementos de terror que são meu ponto fraco. Eu particularmente sinto um arrepio na espinha quando o filme de terror utiliza crianças e idosos, como em A Visita (2015) e Don't be Afraid of the Dark (2010) acho que muito pelo fato de por vezes serem colocados numa posição de inocência e fragilidade. Enfim, acho que por isso que decidir vir falar um pouco sobre X. 

O filme é sobre um grupo de jovens que decidem fazer um filme adulto numa fazendinha no interior do Texas. Os donos dessa fazenda são dois idosos que depois de ver o que eles estão fazendo, são despertados sentimentos de inveja por aquela juventude e ódio por não terem mais a jovialidade. E aí começa a matança obcecada por parte dos velhos, principalmente pela senhora que fica fascinada pela personagem da Mia Goth, a Maxine. 

As mortes em si não são grande coisa, não se inovam e não se destacam. Talvez a que seja mais memorável nem foi um dos velhos que matou, mas sim o enorme crocodilo que vive no lago próximo a fazenda. Como um filme da A24 você sempre espera por um plot twist ou alguma reviravolta excepcional, mas não tem nenhum por aqui. Acho que eles apostaram tanto nos idosos que acharam que só isso já seria o suficiente. E bem, não é querendo tirar o mérito porque eles conseguem te causar sim algumas repulsas com esses personagens estranhos e repugnantes. Tem uma cena, inclusive, que vou ter pesadelos por uns dois dias hahah. 

Enfim, fica a recomendação pra quem tá sentindo saudade de um slasher bem no estilo anos 70, com mortes clássicas, personagens descartáveis e uma final girl cheirada no pó. E já aviso também que SIM, vai sair texto sobre Leprechaun 4 e vocês vão ter que aturar essa tortura comigo. Abraços.

segunda-feira, 11 de abril de 2022

Leprechaun 3, Vegas baby!

Olá caro leitor, aqui estou eu de novo para falar de Leprechaun. Você pode ter achado que depois do desastre do segundo filme, que aliás se você não leu ainda pode clicar aqui, eu não voltaria tão cedo para falar do nosso querido Leprechaun, entretanto, o terceiro filme se passa em Las Vegas e eu não podia ficar sem assistir. Eu, como grande fã de Sharknado, sei que quando a franquia se passa em Vegas teremos cenas incríveis, como a de um stripper dando uma sarrada num tubarão. Então, confesso que já fui com expectativas gigantes para esse terceiro filme. E já adianto, não me decepcionei! Vamos lá!!

Primeiro que pude notar que a cada filme temos uma história nova do nosso duende. O que permite que você possa assistir os filmes foras de ordem e tudo mais. Então esqueça o segundo e vamos para o terceiro. Aqui, nosso duende está petrificado por um colar mágico e é vendido por 20 dólares numa loja de penhor. O dono da loja tira esse colar e ele volta ao normal, e como sempre, acontece várias coisas e esse safadinho perde a p*rra de uma moeda. As vezes eu penso que ele deveria abrir uma conta no banco ao invés de ficar carregando suas moedas de ouro por aí. Nisso, um jovem chamado Scott dá carona para uma assistente de mágico chamada Tammy até um cassino, chegando lá ele não aguenta e aposta todo o seu dinheiro e é claro, perde tudo! Então ele decide ir penhorar o relógio na loja de penhores e encontra a moeda mágica que realiza desejos do Leprechaun. 

A parte que mais me deixou feliz é que tivemos de volta o que eu mais senti falta no segundo filme, o gore e o cômico. Tivemos um mágico fracassado, muito jogo e até mesmo um Elvis Presley, pessoas sendo partidas ao meio e outras explodindo, com aquele sadismo característico do nosso querido duende. Uma coisa muito legal que aconteceu é que o duende mordeu o braço do Scott e depois caiu sangue de duende no ferimento, e o Scott começou a se transformar num duende também. Foi muito engraçado que ele começou a falar rimando, como o Leprechaun faz, e comendo batata e bebendo whisky.

O terceiro filme, por enquanto, veio pra salvar a franquia que particularmente, achei que caiu muito a qualidade no segundo filme. Não é tão engraçado quanto o primeiro, mas possui a mesma essência. Ele está disponível também na PrimeVideo por assinatura de um outro canal. Qual será a próxima aventura do nosso sádico e safado Leprechaun? Não se esqueça, nunca roube o ouro de um duende e nem seja mordido por ele! Abraços.

domingo, 10 de abril de 2022

Leprechaun 2, ele está de volta!

Olá, caro leitor. Talvez você tenha percebido mas eu ando um pouco aficionada nesse duende sapeca. Depois de ter me divertido em Leprechaun (1993), decidi continuar minhas aventuras pelo mundo mágico do ouro e dos... casamentos? Pois bem, nessa sequência nosso querido diabinho verde decide arrumar uma esposa. Apesar de no primeiro filme ele ter cerca de 600 anos, na sequência ele já tem seus 1000 anos, e coincidentemente também se passam nos anos 90. Vai saber né. Enfim, em Leprechaun 2 (1994) ele persegue a descendente de um dos seus escravos, que só entre nós, é uma menininha bem sem sal e que não entrega nada na atuação. Então quem carrega esse filme nas costas é o Cody, interpretado por Charlie Heath, que tenta salvar sua namorada das garras (e dos beijos) do terrível Leprechaun. 

Confesso que senti falta de algumas coisas nesse segundo filme. Primeiro que fiquei esperando alguma referência à cultura apresentada no primeiro filme, como o medo dos trevos de 4 folhas e sua paixão por sapatos. Aqui parece ser outro duende, não tão engraçado quanto o primeiro, apesar de ter se mantido bem sádico. Mas eles colocaram coisas novas como os três espirros (que se ninguém falar "God bless you" você se casa com o duende), ele não poder tocar barras de ferro temperado e se que se você prender o tal duendinho, ele te concede três desejos. Entretanto, particularmente, prefiro os do primeiro filme. Segundo que senti falta do gore desproporcional, não sei se foi a versão que eu assisti, mas apesar de algumas mortes violentas, elas pareciam censuradas e mostradas apenas por meio de sombras e expressões faciais. 

No geral, apesar de apresentarem uma nova história do nosso Leprechaun, senti falta da essência que nos é apresentada no primeiro filme, do carisma e do sadismo, da paixão por sapatos e do medo por trevos de quatro folhas, do cômico! Se trocassem o personagem por um outro monstro ganancioso qualquer, não faria muita diferença aqui. Leprechaun 2 está disponível em um canal na PrimeVideo, e particularmente, não vale muito a pena. Aos curiosos, receio ser melhor assistir por canais não oficiais se o interessar. (Aqui vai o nosso possível patrocínio!!).

Terá uma publicação sobre Leprechaun 3? Não saberemos!! Confesso que me falaram que em algum momento esse safadinho vai para o espaço e eu quero muito chegar lá. Vamos nessa? Vejo você por aí. Não se esqueça, não roube o ouro de um duende, há não ser que ele esteja com sua namorada! Abraços.